0

Ezra fala sobre o que o faz infinito

Posted on segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Apesar da pouca idade, Ezra Miller vem atuando há vários anos. O jovem ator fez seu nome como personagem principal no horripilante (e excelente) drama de Lynne Ramsay, “We Need To Talk About Kevin”. 

No ano passado, Miller tornou-se um dos personagens mais amados da literatura direcionada a jovens adultos assim que assinou o contrato para fazer o papel de Patrick na adaptação do romance de Stephen Chbosky, “The Perks of Being a Wallflower”, agora em blu-ray e DVD. Aclamado pelos críticos como um dos melhores filmes de 2012 e, certamente, um dos filmes mais autênticos e sinceros para adolescentes, "Perks" é um conto belo e comovente, estrelado por Miller, Logan Lerman, Mae Whitman e Emma Watson. 

A MTV conversou recentemente com Miller para discutir o vínculo com seus colegas de elenco, a perspectiva assustadora de bagunçar a adaptação e sobre se sentir “infinito”.
MTV: Nos extras do Blu-ray, Stephen Chbosky mencionou que "Perks" levou tanto tempo para ser produzido porque ele estava esperando por este elenco. Como você se envolveu com o filme? 

EZRA MILLER: Skype. Foi tudo pelo odioso Skype. [Risos] Primeiro eu mandei uma fita – Acho que é uma forma mais tradicional para começar - e então eu fiz uma sessão de Skype com Stephen, e foi isso. Quando fui escalado para o filme, ninguém envolvido realmente me conhecia. Eles só experimentaram meu potencial pela luz de seus monitores com 20 segundos de atraso no vídeo. Então eu acho que, considerando que nunca tivemos nenhum tipo de química, o fato de Stephen ter encontrado esse grupo de pessoas dispostas a fazer não só apenas um filme juntos, mas uma amizade verdadeira, um fato muito milagroso de todas as formas possíveis. Eu acho que Stephen é um homem que realmente sabe o que é um milagre e sabe como usá-lo para promover fins milagrosos. 


MTV: É incrível o quanto vocês se deram bem. Faz o filme se parecer bem mais autêntico. 


EM: Eu imagino que essa química vem quando a cena está fluindo e quando todos os atores envolvidos estão realmente cumprindo seus trabalhos. Mas, definitivamente, há uma grande vantagem quando nos apaixonamos uns pelos outros no set. Isso vem para ajudar, pelo menos um pouco. 


MTV: Você ficou nervoso sobre como este livro imensamente popular e amado iria traduzir-se para a tela, ou esse sentimento desapareceu quando soube que Stephen iria dirigi-lo? 


EM: Ele foi embora uma vez Stephen realmente começou a dirigir. Foi muito fácil constatar que ele tinha um identificador claro em sua própria visão e como iria usá-lo nesse novo meio. Antes disso, era terrível, porque eu sempre me decepcionei muito com as adaptações cinematográficas de livros. Eu sinto que a raiva de muitos fanboys é parte disso. Eu não quero ser culpado por contaminar uma obra de arte que eu realmente amei. 

Mas acho que, uma vez que Stephen estava no comando, grande parte de nossas ansiedades escaparam e fomos capazes de nos concentrarmos apenas no trabalho, porque sabíamos que ele tinha tudo sob controle. Ele não ia deixar nada acontecer e isso era uma espécie de conforto. 


MTV: Há tantos “teen films” hoje em dia que eu simplesmente não entendo muito bem porque eles não mostram como um adolescente realmente se sente. “Perks” mostra o contrário. Como você trabalha para criar essa experiência autêntica na tela? 


EM: Eu acho que foi uma das coisas mais complicadas sobre como fazer este filme. Nós queríamos fazer um filme que fosse fiel à vida de adolescente, mas que eles mesmos pudessem ver nos cinemas. Não é novidade que as histórias dos filmes adolescentes estão se tornando inautênticas em sua tentativa de ser vista por um público adolescente. É que muitos filmes falam sobre o fim da experiência adolescente e até têm classificação indicativa para 17 anos. Como garotos de 13 anos podem ser autorizados a ver, por exemplo, “Larry Clark's Kids”, mesmo quando a representação convém com adolescentes de 13 anos dessa época em New York? Essa é uma linha interessante para seguir, e acho que Stephen criou um sentido muito adepto de como isso poderia ser colocado de fora e todos nós estávamos apenas tentando acompanhar. 

Mae e eu realmente queríamos que os personagens fossem fumantes, assim como nos livros, mas era mais importante para nós (e todos do elenco) que esse filme, de alguma forma, mostrasse a verdade, mas pudesse ser visto por adolescentes de várias idades. 


MTV: Você tem fãs que vêm até você e dizem que fez jus às suas expectativas? 


EM: Sim! Na verdade, ainda tenho que ouvir (embora eu acho que venha de pessoas muito corajosas) o oposto. Mesmo com a imprensa e o que ouço falar em vários blogs, parece que as pessoas encontram algo parecido ou novo, mas é tudo muito positivo, o que é uma benção enorme. 


MTV: Você tem uma memória favorita em “Perks” dentro ou fora das telas? 


EM: Muitos deles são apenas momentos nos quartos de hotel, quando todos nós ficávamos tocando música até às 5:30 da manhã. Recebíamos queixas do hotel, mas não nos importávamos porque estávamos muito envolvidos com nós mesmos. Esses são, provavelmente, alguns dos melhores momentos. 

E depois passar pelo túnel várias e várias vezes. "Rocky Horror Picture Show". Você sabe, certos momentos são incrivelmente belos e acabam se tornando realidade. 

Definitivamente, há muitos. Não sou capaz de escolher um só. 


MTV: O que faz você se sentir infinito? 


EM: Eu acho que é a qualquer momento em que posso permitir que minha mente se cale, mesmo que por um momento, e há várias coisas que podem fazer isso. Uma música, me perder em um trabalho com um personagem ou mesmo me sentar em um lugar bonito, então você olha para o mundo ao seu redor e você é infinitamente reflexivo. Quando você está olhando para o mar, ou para o céu, e há uma vibração interna, mas não um barulho. Sua cabeça fica em silêncio por um segundo. Eu acho que todos nós temos um estado de separação entre nós e todas as coisas que sentimos.

Discussion

Leave a response