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Ezra Miller se diz fã de Harry Potter e fala sobre sua relação com a Emma Watson

Posted on quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Em visita ao set de filmagem de "As vantagens de ser invisível", o site Novel Novice conversou com as estrelas principais do filme, incluindo o Ezra, confira:


Entrevistador: O que você gosta nesse personagem em particular? Em o que você se relaciona com ele?
Ezra Miller: Eu gosto de como ele é vivaz, sem remorso e orgulhoso. E gosto mais ainda de como ele é verdadeiro, simpático e que, apesar do fato do personagem ser gay, não é relevante na formação dele como um ser humano. Eu acho que há, infelizmente, nesse personagem em particular, a indústria vem considerando os personagens gays, os bi’s, os trans, em qualquer nível, como um token, o que é esperado. Mas o Patrick... Eu me lembro de ler o Patrick e perceber que, “Ah não. Este personagem não tem base em ser gay.” Que ele é um ser humano já formado e que este aspecto dele, é um aspecto em todos nós. Nossa sexualidade não define qualidade. É só um outro elemento.

Entrevistador: Você que foi atrás do Patrick ou ele veio até você? Você estava procurando novos personagens diferentes?
Ezra: Quando eu li o script que me foi mandando com o nome do Patrick, ficou bem claro pra mim que ele era O PERSONAGEM. Que ele deveria ser o personagem que “Por favor Deus me dê esse personagem!”
Entrevistador: Você já tinha pensado em interpretar Charlie?
Ezra: Não. É até engraçado, pois quando eu li o livro eu tinha 13 anos, e você sabe, quando um menino de 13 anos lê aquele livro, ele identifica-se com o Charlie. Mas não. Quando eu recebi o script, era o Patrick, e tinha que ser. Não, nunca cheguei a considerar interpretar Charlie. E quando eu recebi o Script, Logan Lerman já era o Charlie o que era maravilhoso e excitante. E já naquela época eu confiava Charlie totalmente a ele.

Entrevistador: O livro tem uma base forte de leitores e fãs. Você se sente pressionado por eles? Quero dizer, quando você está trabalhando você se sente pressionado ou você só ignora?
Ezra: O que eu sinto é uma grande honra e privilégio por poder estar envolvido num projeto que tem uma importância tão grande pra minha geração. E não, eu não me sinto pressionado. Eu sinto a necessidade, como um artista, é o que eu quero. Eu acho que a necessidade é a mãe de todos os inventos. E como artistas, nós precisamos que essa mãe valide nossas ações. Se nós achamos nossa necessidade, nós achamos nossas ferramentas. E sim, a relação maravilhosa entre os leitores e o livro e esse projeto, é só, é uma chama feliz debaixo de nós. Não é algo massivo que ameaça nos esmagar. Pelo menos foi assim que eu me senti. Eu só me senti estimulado pelos fãs, não impedido ou intimidado.

Entrevistador: No livro, Patrick e Sam tem essa conexão profunda, como foi trabalhar com Emma e estabelecer essa conexão?
Ezra: Cara. Foi fácil demais! Injustamente fácil! Eles deviam ter me jogado alguém mais difícil de lidar para que fosse um desafio. Você sabe, Emma é uma das forças mais severamente alucinantes no ramo atualmente, e eu acho que baseado no que ela fez antes disso, as pessoas não tem nem ideia. Não tem ideia do que ela é capaz. Ele se tornou, nessas curtas semanas, uma das minhas amigas mais queridas, é acho que vai ser pra sempre. Ela é o tipo de artista que vai ser sempre verdadeira pra ela mesma. E eu espero para ver toda a população dos fãs de Harry Potter ter suas mentes torcidas em pequenos nós de pretzel vendo o que essa menina é capaz de fazer. E isso é excitante para mim. [risos]

Entrevistador: Você era um desses fãs de Harry Potter antes de assinar esse filme?
Ezra: Não posso falar sobre isso cara! [risos]
Sim, grande grande fã. Ler Harry Potter é como uma escritura, é obrigatório, ou algo assim. Quando eu era uma criança, eu tinha um ritual, que em retrospectiva me faz parecer uma criança doente. Eu devo ter ouvido todas as gravações da voz de Jim Dale lendo os livros, umas duzentas vezes cada uma. E isso significa perder várias horas ao dia, e isso era o que eu fazia depois da escola, ouvir aqueles livros repetidamente. Você sabe, isso é algo que eu acredito, algo que é excitante sobre Emma, sendo essa artista mágica, é que o livro [Harry Potter] toca um núcleo de seres humanos no mundo inteiro. Esses livros tem uma razão específica, que é, nós todos naturalmente nos sentimos capazes, de fazer coisas mágicas extremamente maravilhosas, e isso não é validado nessa cultura, nessa sociedade, e apesar, Emma – que interpreta Hermione Granger, tem aquelas habilidades como artista. Ela é o que nós olhamos e dizemos, mágica. [risos] Ela é mágica. Então sim, Harry Potter foi e é importante para mim. Mas nunca tinha cruzado minha mente a possibilidade de trabalhar com a Emma. Não, nem por um segundo, pois ela é uma entidade.

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